Vender parcelado? Mas é bom isso?

Quase metade da população brasileira adulta está pagando pelo menos uma compra parcelada, segundo um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). A pesquisa mostra que das 83 milhões de pessoas que têm uma compra feita a prazo, 69% usou o cartão de crédito como forma de pagamento.

Do outro lado do balcão, o dono do negócio, que muitas vezes fica com o pé-atrás sobre as vendas parceladas, também pode obter vantagens ao oferecer essa forma de pagamento aos seus clientes. O primeiro benefício para o empreendedor é justamente o aumento das vendas, já que quanto mais formas de pagamento são oferecidas, mais clientes poderão comprar.

Quem aceita a compra parcelada no cartão de crédito, além de deixar o cliente satisfeito, também pode fazer com que ele leve mais de um produto ou consiga arcar com um item de maior valor caso tenha a oportunidade de pagar a prazo. Ou seja, essa forma de pagamento aumenta o valor médio das compras.

Para o lojista, o parcelamento no cartão de crédito funciona como uma maneira mais segura em comparação ao boleto bancário ou ao cheque. Isso porque, com as máquinas de cartão, é possível receber à vista o valor da venda parcelada.

 

Como funciona o parcelamento no cartão de crédito para o lojista

Quando o cliente escolhe pagar por um produto em parcelas, o dono do negócio usará a maquininha de cartão para colocar o número de vezes que o valor total será dividido e o consumidor irá validar a compra colocando a senha do cartão como nas transações de débito ou crédito à vista.

 

É possível repassar a taxa para o cliente?

A prática de repassar a taxa do cartão de crédito com o cliente é muito comum e permitida por lei. Sabendo o valor exato que a empresa de máquina de cartão cobra por cada transação parcelada, é possível somá-lo ao valor do produto.

É importante, porém, ser transparente com o cliente. De acordo com a lei Lei 13.455, que permite que o dono do negócio cobre um valor diferente para o mesmo produto de acordo com a forma de pagamento, o empreendedor deve informar, em um local e formato visíveis para o consumidor, sobre os eventuais descontos oferecidos para quem pagar em dinheiro, por exemplo.

Muitas vezes, a diferença do preço do produto também não será atrativa para o consumidor. Dessa forma, seja claro sobre o valor cobrado pela empresa em caso de vendas em prestações e sugira dividir a taxa com o cliente, ao invés de repassar todo o valor para o consumidor!