Como levar um negócio do mundo físico ao virtual em poucos dias.

A nossa vida mudou. Tudo está diferente: a forma como trabalhamos, como nos relacionamos uns com os outros, como consumimos. Para conter a pandemia de Covid-19, tivemos de aderir ao isolamento social, medida que coloca em risco uma série de negócios. Principalmente, aqueles que não têm operações online.
Este cenário provocou uma corrida ao mundo virtual. Várias empresas, inclusive tradicionais, apenas com presença física, correram para colocar em pé seus e-commerces. Afinal, 55 milhões de pessoas fazem compras pela internet no Brasil regularmente, segundo o Ebit.
Segundo dados recentes da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), algumas lojas virtuais registraram alta de mais de 180% em transações nas categorias de alimentos e saúde entre os dias 12 e 20 de março. Para outros segmentos, o crescimento médio no período era de 30%.
A boa notícia é que ingressar no mundo virtual não é nenhum bicho de sete cabeças. Dá pra fazer – rápido e com pouco investimento. A Forbes perguntou ao shark tank João Appolinário.

Veja as dicas do empreendedor, responsável por um faturamento de R$ 1 bilhão por ano e expert em vendas multicanal:

Aderir a uma plataforma que ofereça uma solução pronta:

Neste momento, não dá tempo de ficar buscando ferramentas separadas. E muitas das soluções existentes já cuidam de tudo: logística, estoque e, o mais complicado, pagamentos.
Alejandro Vásquez, CCO da Nuvemshop, plataforma que conta com mais de 30 mil lojistas e R$ 1 bilhão em vendas por ano, diz que, atualmente, é possível criar um e-commerce funcional em questão de horas. Caso o lojista já tenha as imagens dos produtos, esse tempo pode ser reduzido para minutos. Para Vásquez, montar um time próprio de tecnologia da informação levaria meses e exigiria muito mais investimento. “Hoje, para 98% dos negócios, de qualquer tamanho, faz mais sentido a adoção de uma plataforma SaaS (software as a service). Na verdade, o motivo para considerar uma plataforma própria tem muito mais a ver com a complexidade e as necessidades individuais do negócio. Talvez grandes operações, acima de R$ 25 milhões por mês, se justifiquem. Mas a pergunta que devemos fazer é quão complexas são as regras da sua empresa que justifiquem administrar tudo sozinho? Apenas cerca de 2% dos negócios do Brasil têm esse nível de complexidade hoje.”
Outra possibilidade, para aumentar o volume de operações, é garantir presença também nos principais marketplaces, como Mercado Livre ou a plataforma do Facebook. Caso seja esta a ideia, é bom verificar se a solução contratada contempla essa integração.
E não esqueça das redes sociais. Elas são ótimas ferramentas para interagir com os clientes e gerar tráfego para o site. “As redes sociais hoje são um dos canais mais eficientes para se aproximar do seu público e, a partir delas, a visibilidade da marca pode aumentar.

Ganhar visibilidade na web com as ofertas prontas para pequenas e médias empresas.

O idealizador da Polishop lembra que as principais empresas de tecnologia da atualidade, como Google, Facebook e Instagram, oferecem ferramentas gratuitas ou de baixo custo para que pequenos e médios negócios consigam visibilidade na web.

Leia, estude e aprenda o que puder sobre o mundo digital.

Há uma oferta imensa de conteúdos, cursos e tutoriais pagos e gratuitos, muito didáticos, sobre como entrar nesse mundo do comércio eletrônico e continuar nele.

Fonte: ForbsBR