Logo após implementação do Pix e open banking, BC começa a criar uma nova moeda digital.

Com o lançamento de um laboratório de tecnologias voltadas para a moeda virtual, o Banco Central prevê que testes com o chamado Real Digital incluam consumidores até 2023, inicialmente com segmentos limitados de clientes de instituições financeiras. O Lift (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas) foi criado em 2018 para receber de empresas projetos e protótipos de novas soluções financeiras. Na semana passada, foi lançada a versão para debater a moeda digital.
Os projetos devem ser apresentados por fintechs e bancos até julho do próximo ano. A ideia é que o BC operacionalize pilotos com públicos específicos, tanto de parte dos consumidores quanto de provedores de serviços financeiros.
De acordo com a autoridade monetária, os testes sem interação com o público podem começar no fim de 2022 e devem se estender ao longo de 2023.
A implementação dessas tecnologias, no entanto, deve demorar porque precisa ser feita de forma mais lenta para reduzir impactos da adaptação. Nessa versão, serão priorizadas propostas para resolver questões que são entraves para a implementação da versão virtual do real, como pagamento offline, soluções para câmbio e facilitação de liquidação de transações com ativos digitais. Segundo o BC, o foco dessa edição está em participantes do sistema financeiro, como bancos, cooperativas e instituições de pagamento e fintechs, mas qualquer empresa pode participar.
O dinheiro virtual seria apenas uma nova forma de representação da moeda já emitida pela autoridade monetária, ou seja, faria parte da base monetária do país. A diferença entre o dinheiro virtual oficial e as criptomoedas que existem hoje no mercado (como bitcoin ou ethereum), é que a emitida pelo BC seria semelhante ao papel-moeda, assegurada e gerida pelo Estado, enquanto as outras não têm garantias e não são aceitas amplamente no comércio.

 

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